A MÚSICA E O CÉREBRO

Já é comprovado cientificamente que o contato com a música traz muitos benefícios para o indivíduo, tanto  na área da saúde e desenvolvimento físico, quanto na área do comportamento social, mental e cognitivo.

O simples fato de ouvir e acompanhar uma música já são um grande estímulo para o cérebro, e os benefícios se multiplicam na medida em que se aumenta o tempo de  exposição do indivíduo à tal atividade.

Iniciar o mais cedo possível e dar continuidade de forma progressiva produzirá cada vez mais  melhores resultados a medida que o indivíduo se desenvolve mental e fisicamente.

Nosso cérebro é dividido em duas partes: O hemisfério esquerdo, responsável por controlar todo o lado direito do nosso corpo, é a nossa parte racional e lógica, onde está situada a linguagem, e que por essa razão, pensa por palavras, elaborando sequencias de raciocínio, cálculos etc.  O hemisfério direito, é o que processa as emoções e sentimentos e é sensibilizado pelas imagens, pelas impressões, pelo cheiro, pelo som,  e que por sua vez não processa a linguagem.

Unindo estes dois lados, temos o corpo caloso,  responsável por estabelecer a conexão e a comunicação entre eles. Sua principal função é manter em equilíbrio as funções de cada uma dessas partes recebendo estímulos que provocam respostas e uma a  continua comunicação entre razão e sentimento, pensamento e emoção.

O processamento adequado das informações e percepções, a harmonia e o equilíbrio físico e mental, dependem fortemente deste elemento de ligação. Hoje, a ciência já sabe que o crescimento do corpo caloso, tanto em volume quanto em maturidade é fortemente potencializado por meio de atividades que estimulem os dois hemisférios simultaneamente e isto se dá quando realizamos atividades que dependem do uso simultâneo de nossos dois lados do corpo, em especial, das duas mãos, direita e esquerda.

Por razões óbvias, a música está entre a primeira da lista, pois o conhecimento musical envolve praticamente todas as funções do nosso cérebro. Usamos a função auditiva quando ouvimos uma música, a função visual quando assistimos um musical ou um concerto ou quando tocamos lendo uma partitura, a função cognitiva para interpretar tanto os elementos gráficos quanto os sonoros e as funções motoras quando fazemos movimentos ou principalmente quando tocamos um instrumento. Todas estas funções, comparecem fortemente estimuladas, se o indivíduo é músico, pois ao mesmo tempo que lê, interpreta, ouve, para tocar, precisa de utilizar as duas mãos e esse é o ponto mais importante, é por isso que afirmam os cientistas, que a música está difusamente distribuída em vários compartimentos de nosso cérebro. É por isso, que o cérebro de um músico pode ser distinguido de qualquer um outro que não tenha sido exposto aos estímulos musicais.  É por isso que podemos afirmar: Adultos que foram expostos à experiências musicais na infância tem suas potencialidades intelectuais, afetivas e motoras muito mais ampliadas.